Conheça a Teoria de Resposta ao Ítem
O MEC utilizada um sistema de pontuação chamado de Teoria de Resposta ao Item, um pouco mais complexo que o sistema convencional. O TRI utiliza de critérios estatísticos do número de acertos de cada questão dentre aqueles que a resolveram para valoriza-las de acordo com seu grau de dificuldade. Para entender melhor observe o gráfico abaixo:
![](https://static.wixstatic.com/media/ff56bd_3c058b3d82e74700abc96292a5f20494.jpg/v1/fill/w_320,h_213,al_c,q_80,enc_avif,quality_auto/ff56bd_3c058b3d82e74700abc96292a5f20494.jpg)
Esse gráfico representa a probabilidade de um estudante acertar uma questão de acordo com o seu grau de conhecimento. Repare que para ter grande chance de acerto do item 1 é necessário um nível de proficiência menor que os itens 2 e 3. Sendo assim, seria justo valerem a mesma nota? O INEP acredita que não. Assim, o item 1, considerado mais fácil, vale menos pontos que os itens 2 e 3. Sabendo disso podemos entender o motivo de dois alunos que acertaram o mesmo número de questões tiram notas diferentes, pois eles não acertam as mesmas questões.
Por se tratar de uma prova que avalia a habilidade do aluno em um teste de questões com valorização variada, o MEC acredita que o padrão matemático complexo envolvido no TRI pode garantir a elaboração de provas diferentes que se equivalem em dificuldade, podendo assim aplicar uma prova diferente para um grupo de estudantes e ranqueá-los junto com os demais sem prejuízo de avaliação.
Fora o sistema de pontuação diferenciada pelo nível de dificuldade, o ENEM também avalia e penaliza o chamado “acerto casual” ou o famoso chute. Como? Imagine que um aluno vá resolver durante o exame três questões que exigem habilidades semelhantes, mas em graus de dificuldade diferentes, esperaríamos dele que acerte todas, erre todas, ou acerte as fáceis e erre as difíceis certo? Mas e se ele errar as fáceis e acertar as difíceis? O INEP considera esse fato como atípico e um acerto casual, ou seja, o aluno que tinha habilidade acertaria as fáceis também, portanto esse deve ter “chutado” certo. Quando isso ocorre a questão recebe pontuação menor (nunca zero) com o objetivo de punir o aluno pelo acerto casual.
Justo? Difícil dizer, mas o sistema já foi muito estudado e é aplicado em grandes nações como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Canadá.
Se ainda deseja saber mais acesse o link abaixo para visualizar uma nota oficial do MEC sobre o tema.